5 cases de sucesso de Growth Hacking nas empresas
Entender a metodologia Growth Hacking (na tradução livre, “atalho de crescimento”) se torna cada vez mais necessário no mercado atual. Empresários, executivos ou outros profissionais que se preocupam com determinado negócio, precisam entender o Growth. E, se seus clientes estão sendo impactados, por que você ainda não foi? É hora de mudar junto com o todo.
Growth Hacking não se resume apenas à automações, softwares e tecnologias modernas. Ele tem muito mais a ver com a forma como você enxerga o seu produto ou serviço no meio em que ele está inserido. Você pode entender isso melhor com o nosso primeiro case.
MCDONALD’S
Mesmo que o produto tenha uma grande importância para o seu negócio, muitas vezes a inovação está na forma como você distribui ele, por exemplo. Inclusive, como foi dito antes, colocar o Growth Hacking em ação não tem a ver com a modernidade tecnológica de hoje.
Em 1950, começou uma importante mudança no sistema viário interestadual dos Estados Unidos. Fatores pós-guerra e de crescimento econômico fizeram com que os norte-americanos repensassem suas rodovias.
Neste cenário, a rede de fast-food McDonald’s viu nas obras um novo canal para chegar aos seus clientes. Se o país está crescendo pelas rodovias, qual a melhor forma de expandir a empresa?
Assim, eles abriram uma loja em cada ponto chave das autoestradas, e viram suas vendas aumentar, principalmente, nas novas lojas. Encontrar esse “atalho” na realidade quem a empresa atuava foi com certeza uma aplicação da metodologia Growth Hacking.
Mas, hoje, a internet mudou a relação de consumidores e empresas. Todos os fluxos e processos são diferentes agora, eles estão – ou deveriam – integrados com os recursos digitais. Continue lendo, e entenda como os grandes players atuais investem na metodologia.
AIRBNB
No lugar de rodovias, o caminho agora acontece pelos mecanismos de busca e a otimização dos conteúdos é a estratégia de atuação. Aqueles que percebem isso, podem ter seus ganhos e reconhecimento da marca alavancados.
Um dos empreendimentos pioneiros na aplicação do Growth foi o AirBNB. A plataforma permite que qualquer pessoa alugue um quarto vago em sua própria casa. Por si só, a ideia já é muito boa, mas melhor ainda foi o hack utilizado por eles.
Eles resolveram “atalhar” com o Craiglist, uma rede com milhões de pessoas à procura de acomodações, que reunia o seu público-alvo. Toda vez que um formulário para listar um quarto no AirBNB é preenchido, também é oferecida a opção de postar no Craiglist.
Pode parecer simples, mas isso não foi feita por nenhuma outra empresa interessada. Os motivos não são tão simples quanto parece o hack usado pelo AirBNB. O problema é que o Craiglist não tem uma API pública, ou seja, as rotinas e padrões de programação da plataforma não podiam ser acessadas com facilidade.
O jeito – bem complicado, por sinal – foi usar a engenharia reversa para que a AirBNB pudesse fazer sua listagem aparecer no Craigslist automaticamente. Sem ter acesso a base de códigos do Craiglist, eles basicamente descobriram o funcionamento do sistema pela análise de sua estrutura, função e operação. Pontos para a equipe da AirBNB.
A solução teve prazo de validade, já que o Craiglist criou barreiras posteriores. Contudo, você precisa entender que experimentos de Growth não são feitos para durarem para sempre ou por muito tempo. Eles alavancaram o negócio, usando um belo “atalho de crescimento”.
HOTMAIL
Em 1996, o Hotmail já vinha colocando o Growth Hacking em prática. Aí, você pode estar se perguntando, mas o Growth não surgiu a partir de 2010, no Vale do Silício? A teorização, provavelmente, sim. Contudo, como já vimos no caso do McDonald’s, a prática já existe desde muito antes.
Há 20 anos, o Hotmail deixou de ser mais um serviço de e-mail disponível no mercado para se tornar uma marca valiosa. Sabeer Bhatia e Jack Smith tinham um produto incrível, um e-mail particular que podia ser acessado de qualquer dispositivo, em qualquer momento. Uma inovação para a época, mas eles ainda encontravam barreiras para o crescimento.
Os dois engenheiros do Vale do Silício tinham conseguido 300 mil dólares de investidores para alavancar a empresa. Enquanto pensavam em soluções para o crescimento acelerado do número de usuários, surgiu uma ideia. Colocar ao final de todas a mensagens enviadas a frase “P.S.: Eu te amo. Crie seu e-mail grátis no Hotmail”.
Em seis meses, já tinham mais de 1 milhão de usuários na plataforma, e quando foram vendidos à Microsoft, no final de 1997, aproximadamente 10 milhões. O Hotmail dificilmente teria conseguido crescer dessa forma utilizando somente o marketing tradicional.
Já falamos que o Growth não é tão novo assim, e que muitas vezes o seu hack pode estar, inclusive, na distribuição do seu produto. No caso do Instagram, o atalho foi um pouco diferente, diretamente no que era entregue ao usuário.
Quando fundado, no início de 2010, o app de compartilhamento de fotografias era chamado de Burbn. Na verdade, ele era mais do que isso. Era uma rede social mais completa, com outras funcionalidades. Por sinal, era o que o tornava comum entre outras várias.
O Burbn foi reestruturado, e a rede ressurgiu focada nos filtros para fotos e possibilidade de curtir e interagir com fotos de outros usuários. Agora, o Instagram também podia ser usado por pessoas que não tivessem aparelhos da Apple. Baseados na análise de dados dos usuários do app original, o produto foi aperfeiçoado.
Depois de atrair milhões de usuários, o Instagram foi vendido por 1 bilhão de dólares ao Facebook no final de 2012.
Hoje, quando pensamos em procurar referências profissionais de alguma pessoa, uma das principais fontes é o LinkedIn. A rede social concentra 500 milhões de perfis de profissionais de diversas áreas pelo mundo.
Mas nem sempre a rede teve esse sucesso todo. Foi preciso investir em um hack, ou melhor, mais de um. Antes, só usuários do Linkedin conseguiam visualizar perfis na plataforma. A ideia era simples, tornando os perfis públicos, os usuários poderiam ser encontrados no Google.
A ação simples fez com que os perfis se tornassem uma forma de publicidade da própria empresa. Outra forma de crescimento rápido foi a estratégia de convidar grandes nomes do mercado profissional para tornarem-se influenciadores da marca.
Em pouquíssimo tempo, o LinkedIn passou de 2 milhões de usuários para 200 milhões, apenas utilizando atalhos de crescimento. Este e outros exemplo práticos de Growth Hacking nas grandes empresas só reforçam o protagonismo atual da metodologia.
GROWTH HACKING
A economia está em harmonia com a revolução tecnológica dos últimos anos, precisamos trazer o dinamismo científico para a administração também. A gestão tradicional ainda tem um espaço importante nos grandes players, o que não exclui a adaptação de metodologias ágeis para determinados processos e projetos.
Enfim, os métodos mais rápidos usados nas startups pode ser uma forma de exponenciar empresas que já atingiram um alto grau de saturação do crescimento.